Brasil lidera na bioenergia, mas falta incentivo para manter protagonismo
Brasil lidera na bioenergia, mas falta incentivo para manter protagonismo
O país se destaca na produção de biocombustíveis, mas enfrenta desafios que exigem maior apoio e investimento para garantir sua liderança
A transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável é uma prioridade global. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a previsão de crescimento da geração de energia elétrica no Brasil para 2024 é de 10,1 gigawatts (GW), menor do que o aumento de 10,3 GW registrado no ano anterior. Atualmente, o país conta com uma capacidade instalada de 203,8 GW, sendo 84,62% provenientes de fontes renováveis, com destaque para a hídrica (53,88%), eólica (15,22%), biomassa (8,31%) e solar (7,2%).
Embora a produção de energia renovável no Brasil seja robusta, o país ainda enfrenta desafios relacionados à poluição. Fontes de energia não renováveis, como gás natural, petróleo e carvão, resultaram em mais de 8 milhões de mortes globalmente em 2021, segundo relatório do “Estado do Ar Global” (State of Global Air), divulgado em 2024 pelo Health Effects Institute (HEI). Desse total, 700 mil óbitos foram de crianças com menos de cinco anos. No Brasil, 169,4 mil crianças nessa faixa etária foram vítimas fatais de doenças associadas à poluição do ar. No mundo, outras milhões de pessoas vivem com doenças crônicas, impactando diretamente na saúde pública e na economia de cada país.
Esse cenário reforça a urgência de acelerar a transição para fontes de energia mais limpas e sustentáveis. Com mais de 30 anos de experiência no setor de bioenergia, Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana, reflete sobre a evolução da produção de biocombustíveis e o papel de liderança do Brasil nesse setor. Ele destaca que, desde o início da sua carreira, o setor passou por transformações importantes, evoluindo de pequenas indústrias de cachaça que migraram para a produção de etanol até a produção de energia através do bagaço da cana-de-açúcar.
“Esses últimos 30 anos mostraram um avanço fantástico. O Brasil é protagonista nesse assunto global, especialmente em regiões como Piracicaba e Sertãozinho, grandes fornecedoras de biocombustíveis. Não tem como falar de etanol sem falar do Brasil”, afirma Montabone.
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