Como o setor de bioenergia irá atender a demanda extra de etanol com a entrada do E30
Como o setor de bioenergia irá atender a demanda extra de etanol com a entrada do E30
E30 prevê 30% de biocombustível na gasolina, ante a atual mistura de 27%
Imagem: UNICA / Delcy Mac Cruz
O Brasil está pronto para produzir etanol anidro extra assim que entre em vigor o E30, que prevê 30% do biocombustível na gasolina?
A resposta é sim.
O setor de bioenergia está pronto para atender a essa nova demanda, em que pese uma safra focada mais na produção de açúcar.
O E30 sucederá o atual E27, pelo qual cada litro de gasolina tem 27% de etanol anidro.
Vale destacar que o E30 integra a Lei do Combustível do Futuro, em fase de regulamentação pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), colegiado de assessoramento da Presidência da República (saiba mais aqui).
Na verdade, a adição de etanol pode chegar a até 35%.
No caso dos 30%, eles estão tecnicamente aprovados pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT) que, em março, apresentou os resultados de testes que comprovaram a viabilidade do novo combustível (saiba mais aqui).
Quanto de etanol extra será necessário?
Projeções apontam a necessidade de pelo menos 2 bilhões extras de litros de anidro para atender ao E30.
Esse montante equivale a pouco mais de 20% dos 11,78 bilhões de litros do tipo de etanol produzidos no acumulado entre abril de 2024 a até fim de janeiro último, segundo a UNICA, entidade do setor.
O etanol extra para atender o E30 poderá ser suprido em 100% pelas usinas que produzem o biocombustível a partir do milho.
Em relatório, a União do Etanol de Milho (Unem) estima produção de 9,9 bilhões de litros no período da safra 2025/26 (abril de 2025 a março de 2026). Se confirmado, esse volume representa alta de 20% sobre o ciclo anterior.
Enfim, segundo a StoneX, a entrada do E30 incentivará a maior produção de etanol anidro.