Investimentos acelerado: setor tem 64 unidades produtoras de etanol novas ou em fase de ampliação 

Investimentos acelerado: setor tem 64 unidades produtoras de etanol novas ou em fase de ampliação 

É o que destaca a ANP; confira detalhes de 5 delas

Crédito da imagem: Raízen  /  Delcy Mac Cruz

O setor sucroenergético conta com 357 plantas produtoras de etanol autorizadas, segundo listagem da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Elas respondem por uma entrega anual de 34 bilhões de litros entre o biocombustível feito de cana-de-açúcar ou de milho.

Mas essa produção vai crescer.

Isso porque o setor avança em novas e plantas em fase de ampliação.

Conforme dados da ANP compilados pelo blog Fenasucro, o país conta atualmente com 40 instalações em ampliação e 24 em construção (leia mais a respeito aqui).

 

Confira a seguir destaques de 5 desses empreendimentos de etanol em fase de construção ou de ampliação no país:

Etanol de Segunda Geração (E2G)

1 - Raízen: 20 plantas no radar

Após inaugurar a segunda unidade em maio último em Guariba (SP), no Parque de Bioenergia Bonfim, a Raízen, joint-venture entre Cosan e Shell, prossegue com a construção de planta de E2G no Parque Tarumã, em Tarumã (SP), com previsão de entrega em 2026 (leia aqui).

Tarumã está entre as nove plantas de etanol celulósico [como também é chamado o etanol de segunda geração] que integram a fase de empreendimentos da companhia, relata a assessoria de imprensa.

Segundo o relato, todas as nove plantas estão com “seus volumes comercializados em Euros, em contratos de longo prazo.”

Até o momento, a Raízen produz E2G nos Parques de Energia Bonfim e Costa Pinto, em Piracicaba, com capacidade anual total de 112 milhões de litros.

Mas além das nove, destaca a assessoria, “outras 11 plantas estão mapeadas no plano da Raízen, totalizando 20 unidades de ESG que terão capacidade de produzir 1,6 bilhão de litros por ano.”

Etanol de cana-de-açúcar

2 - Grupo Pedra: nova unidade em 2025

Com 65% das obras industriais concluídas em março, a Usina Cedro, em Paranaíba (MS), deverá ter a primeira safra em 2025, destaca o Grupo Pedra Agroindustrial (S/A).

O Grupo Pedra adquiriu a planta da usina Orbi, então pertencente à Companhia Energia Renovável (Cern), e iniciou em 2022 a implantação da planta produtora em Paranaíba.

Em reunião na prefeitura de Paranaíba em janeiro de 2022 (leia aqui), executivos do Grupo Pedra indicaram que a moagem da primeira safra seria de 1,2 milhão de toneladas de cana, com previsão de chegar a 5 milhões de toneladas.

Enfim, o nome Cedro foi denominado por conta de um pé de Certo da localidade.

Etanol de milho

3 - ALD: produção triplicada

Em assembleia realizada no começo de julho, os associados da ALD Bioenergia Deciolândia S/A, de Tangará da Serra (MT), acataram a proposta de triplicar a produção de etanol de milho e seus coprodutos, relata a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), a qual a companhia é associada.

Segundo relato da Unem, hoje a ALD processa 1 mil tonelada diária de milho e, com o investimento aprovado, alcançará 3 mil toneladas diárias a partir de 2026.

Valor dos investimentos da nova planta: R$ 850 milhões.

 

4 - Tocantins: aporte de R$ 1,1 bilhão

Com investimento estimado em R$ 1,1 bilhão, Miranorte, município de Tocantins, deve ter sua primeira indústria de etanol de milho.

Trata-se da Tocantins Bioenergia, projeto da Agrojem, especializada em produção e pecuária no estado; da ACP Bioenergia, uma das maiores fornecedoras de cana-de-açúcar do país; e da trading inglesa Czarnikow.

Em novembro de 2023, durante encontro com o governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa, os representantes das três companhias afirmaram que o empreendimento projeta a criação de 400 empregos diretos na fase de instalação e mais 100 na fase de operação.

Já em termos de arrecadação anual de impostos estaduais, o governo, conforme os executivos, deverá obter mais de R$ 100 milhões a partir de 2027 (leia mais a respeito aqui). 

 

5 - Pará: usina a partir do milho e do sorgo

Já o município de Redenção, no sudoeste do Pará, deverá ter em operação, em 2029, uma das primeiras usinas de etanol de milho e de sorgo da região Norte do país.

Segundo destaca a assessoria do governo do Pará, trata-se de empreendimento da Grão Pará Bioenergia, joint-venture entre a sucroenergética CMAA, com unidades em Minas Gerais, e do Grupo Mafra, que possui atividades agropecuárias no Pará.

O investimento projetado é de R$ 2 bilhões. A primeira fase da indústria tem entrega prevista em 2025, enquanto a conclusão total é aguardada para 2029.