Com mais cana e produtividade, safra tem outra boa notícia: custos agrícolas caem 18% 

Queda é na comparação com a temporada anterior em estados canavieiros da região Centro-Sul 

Oficialmente, a safra de cana-de-açúcar 2023-24 termina em 31 de março próximo na região Centro-Sul, responsável por 90% da produção sucroenergética do país.

Mas em que pese esses poucos mais de dois meses até o fim da temporada, sobram motivos para otimismo.

É que o balanço da 23-24 esbanja resultados positivos.

Em primeiro lugar tem a oferta da matéria-prima de etanol, açúcar e bioeletricidade - e, também, de biogás e biometano.

Em seu levantamento mais recente, divulgado no começo de novembro último, a Conab, empresa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), estima em 677,6 milhões de toneladas o total de cana a ser processada pela safra vigente, em alta de 10,9%.

O total projetado soma as moagens da região Sudeste (435 milhões de toneladas), Centro-Oeste (144 milhões de toneladas), Nordeste (59 milhões de toneladas), Sul (35 milhões de toneladas) e Norte (4 milhões de toneladas).

Detalhe: a Conab constatou ganho de produção e de produtividade (em quilos por hectare) em todas as cinco regiões.

Ou seja: 12,2% mais no Sudeste, 0,4% no Nordeste, 2,6% mais no Sul e 3,8% mais no Norte. A estatal também prevê alta no Centro-Oeste, embora não tenha projetado percentual no levantamento. 

 

Os ganhos da cana, segundo a Conab:

Clique aqui para acessar o site da Conab com link para o levantamento. O próximo estudo deverá ser divulgado em março próximo. 

 

Unica atesta alta na moagem 

Em linha com a Conab, a Unica, entidade do setor sucronergético, também atesta alta de produção.

Nos estados canavieiros do Centro-Sul, o volume de matéria-prima processado no acumulado entre 01 de abril de 2023 a até 01 de janeiro soma 644,1 milhões de toneladas, alta de 18,76% ante as 543 milhões de toneladas de igual período da safra anterior (clique aqui para acessar o levantamento da Unica).

 

CUSTOS AGRÍCOLAS ATÉ 18% MENORES

Não é só. Além do aumento de produção e de produtividade, a safra 23-24 no Centro-Sul registra custos menores de produção agrícola.

O resultado está em levantamento do Pecege Consultoria e Projetos, divulgado pelo sócio-diretor João Rosa no LinkedIn com dados referentes ao segundo trimestre (julho a setembro) das safras 23/24 ante a 22/23.

 

Como os custos caíram? 

Um dos parâmetros que explicam a queda está nos aportes em formação de canavial, tratos soca (primeira produção após o plantio da planta), sistema de colheita (chamado no setor de CTTA) e arrendamentos, além de outros.

Na média, esses cinco itens geram queda de 18,1% nos valores. Ou seja, investiu-se R$ 138,40 por hectare na safra vigente, ante R$ 168,90 da temporada anterior. 

 

Confira os dados do Pecege: