8 destaques do crescente mercado de farelo proteico feito do etanol de milho  

Rico em proteína, o DDG e o WDG têm mercado global em alta como alimento animal 

Crédito da imagem: Unem

O setor sucroenergético brasileiro busca consolidar no exterior  produtos feitos a partir da destilação de etanol de cereais.

São eles: o DDG (Dried Distillers Grains - Grãos Secos de Destilaria) e o WDG (Wet Distillers Grains - Grãos Úmidos de Destilaria).

 

Listamos 5 destaques sobre esses farelos proteicos. Confira: 

1 - O que são DDG e WDG?

São grãos secos originados da indústria de etanol de milho, farelos proteicos utilizados como fonte de alimento na criação de animais como bovinos, suínos, equinos, aves, peixes e pets.

O farelo também oferece maior teor de fibras e segurança contra contaminação de bactérias quando comparado a opções como a farinha de carne e de ossos.

 

2 - Como é a quantidade de proteína? 

Tanto o DDG quanto o WDG costumam ter em média 30% de proteína.

Segundo a Scot Consultoria, outros concentrados proteicos chegam a 46% por quilo, no caso do farelo de soja.

Já o farelo de algodão tem 28% de proteína. 

 

3 - Que usinas de etanol de milho mais produzem DDG e WDG?

Em sua maioria elas ficam nos estados de Mato Grosso e Goiás, que, por sua vez, são players na produção de milho.

Ou seja: a matéria-prima do DDG e do WDG fica na vizinhança, reduzindo custos de transporte.

Para se ter ideia, a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) lista em seu site sete plantas produtoras associadas que ofertam os proteicos.

Delas, cinco ficam no Mato Grosso, uma no Mato Grosso do Sul e uma em Goiás. 

 

4 - E os preços dos proteicos de etanol de milho? 

O balanço de fevereiro último da Scott (leia aqui) destaca que o produtor de DDG e WDG do Mato Grosso obteve R$1,249 mil por tonelada em valor sem frete.

Já em Goiás, a tonelada (sem o frete) valia em fevereiro R$1.224 mil. 

 

5 - Produção de farelo proteico

Atualmente, a produção nacional de grãos secos de destilaria de etanol de cereais gira em torno de 2,5 milhões de toneladas por ano.

Entretanto, projeções indicam que até 2031 e 2032 a produção nacional de farelo de milho chegará a 6,5 milhões de toneladas por ano.

A informação é da Unem (leia aqui) levando em conta que até 2032 a produção de etanol de milho no país chegará a 10,9 bilhões de litros por ano. 

 

6 - Quem são os principais clientes de DDG e de WDG?

No Brasil, a utilização desse farelo na indústria é relativamente recente: começou a partir de 2010.

Entretanto, no exterior a demanda é pra lá de crescente.

Em 2023, por exemplo, os embarques dos farelos proteicos para fora do Brasil somaram 609 mil toneladas, movimentando US$ 180 milhões. É o dobro do registrado um ano antes. 

 

7 - Qual é a tendência global do mercado? 

Conforme destaca a Apex-Brasil, relatório aponta que a demanda global pelo farelo proteico de etanol de milho deverá crescer a uma taxa composta anual de 3,2% até 2025.

Motivo dessa alta: aumento do consumo de carne, sobretudo em países em desenvolvimento. 

 

8 - Busca de consolidação de mercado

A Apex-Brasil, juntamente com a Unem, empreendem desde julho de 2023 projeto setorial criado justamente para promover os grãos proteicos de destilaria.

Mercados-alvos do projeto: China, Espanha, Indonésia, Japão, Nova Zelândia, Reino Unido, Tailândia, Turquia e Vietnã.