Otimismo marca início da safra de cana no Norte-Nordeste

Otimismo marca início da safra de cana no Norte-Nordeste

Temporada de chuvas ajudou no crescimento pleno dos canaviais 

Foto: Raízen  /  Delcy Mac Cruz

A safra de cana-de-açúcar nas regiões Norte e Nordeste do país começa com previsões otimistas.

Em sua maioria, essas estimativas se baseiam na boa temporada de chuvas ao longo dos primeiros meses deste ano, que favoreceram o crescimento pleno dos canaviais, muitas vezes castigado por estiagens.

 

Período - Nos estados das regiões Norte e Nordeste a safra canavieira começa entre fim de julho e agosto e segue até maio e junho do próximo ano. Já nos estados do Centro-Sul, o ciclo vai de abril a dezembro.

 

Quem - Produzem cana três estados do Norte (Amazonas, Pará e Tocantins) e oito do Nordeste (Pernambuco, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Bahia). Número de usinas em operação nesses estados: 57. 

 

Previsões - Não haverá queda na safra, prevê a Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio).

Já o presidente-executivo da entidade, Renato Cunha, estima em alta de 3,5% na oferta de cana-de-açúcar em Pernambuco.

O otimismo se dá pela previsão de chegada de chuvas entre dezembro e janeiro, devido ao fenômeno climático La Niña, que costuma provocar incidências pluviométricas na região.

 

Moagem - Em entrevista ao blog Fenasucro, Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, destaca que a oferta de cana no Norte e Nordeste pode chegar a 63 milhões de toneladas.

Esse montante é 4 milhões de toneladas acima da moagem apurada na safra 2023-24, encerrada em julho último.

O motivo da alta é a boa frequência de chuvas, disse o executivo no primeiro dia da Fenasucro 2024, na terça-feira, 13 de agosto.

 

Previsões

Com 59,71 milhões de toneladas de cana processadas, 2,72% abaixo do registrado na safra anterior (22/23), as usinas do Norte e Nordeste registraram evolução produtiva, segundo a NovaBio.

Para se ter ideia, a produção de etanol hidratado (veículos flex) cresceu 7,12% ante a safra anterior e chegou a 1,15 bilhão de litros.

No caso do açúcar, o crescimento foi de 3,19%: 3,46 milhões de toneladas ante 3,35 milhões de toneladas no ciclo 22-23.

Em compensação, a produção de etanol anidro (misturado à gasolina) retraiu 15,09%: foram fabricados 1,06 bilhão de litros ante 1,25 bilhão de litros no ciclo anterior.