Fenasucro & Agrocana se une à Canaoeste em programa que reduz (pra valer) as emissões de CO2

Fenasucro & Agrocana se une à Canaoeste em programa que reduz (pra valer) as emissões de CO2

Criada de forma voluntária, iniciativa cria mercado de carbono e também irá calcular geração de carbono na principal feira global de bioenergia

Imagem:  Jakub Zerdzicki no Unsplash / Delcy Mac Cruz

 

Não é novidade nenhuma dizer que o ecossistema de bioenergia atua em favor das mudanças climáticas, com políticas sustentáveis. 

Basta ver que na comparação com a gasolina, o etanol emite até 80% menos dióxido de carbono (CO2) - um dos formadores dos gases de efeito estufa (GEEs), causador do aquecimento global. 

Ou, então, basta ver o etanol de segunda geração, praticamente disputado mundo afora pela sua emissão negativa de CO2. 

Ou, ainda, os renováveis mais novos no mercado de bioenergia brasileiro, caso do biogás - que gera eletricidade limpa - ou de sua transformação em biometano, que substitui o gás natural em motores de veículos e em abastecimentos industriais e residenciais que usem gás. 

Tem, também, o emprego do etanol como matéria-prima dos projetados SAF (combustível sustentável de aviação) e do hidrogênio verde, que tem finalidades como combustível e para fins industriais - com o detalhe de ser limpo, ao contrário do concorrente - e mais usado - hidrogênio azul, feito a partir de combustíveis fósseis. 

 

União para reduzir as emissões

Diante dessa situação, dois players do ecossistema bioenergético: a Associação dos Plantadores de Cana Canaoeste e a Fenasucro & Agrocana, principal feira global do setor, entram, juntos, para ampliar a redução de emissões de CO2. 

 

A iniciativa é o Canaoeste Green, programa voluntário de gases de efeito estufa criado em 2024 pela cooperativa de produtores rurais com sede em Sertãozinho (SP).  

Ele foi implantado com o objetivo de valorizar os produtores rurais de cana-de-açúcar com programa focado para sequestro de GEEs e preservação da vegetação existente em propriedades de associados da entidade (leia mais a respeito aqui). 

 

Como funciona o programa: geradores de GEEs podem contratar, de forma voluntária, o cálculo disponibilizado pelo programa, que irá determinar a estimativa das emissões e a área necessária para o sequestro dos gases. 

A Canaoeste está credenciada para gerir o programa por conta de sua capacidade técnica, tradição - tem 80 anos de vida - e de ter áreas ambientalmente preservadas e certificadas de titularidade de seus associados. 

São áreas que, segundo a cooperativa, são passíveis de serem eleitas como “sumidouros de gases de efeito estufa.”

É aí que entra o mercado voluntário de carbono: ferramenta para incentivar a redução das emissões de GEEs de empresas por meio de mecanismos de compensação para quem ajuda a ‘sumir com os gases.’

 

Fenasucro & Agrocana e Canaoeste Green

Neste 2025, em que a Fenasucro & Agrocana chega à sua 31ª edição, ela reforça sua união à Canaoeste na implantação do programa. 

 

Como se dará essa parceria?

Em 2024, o programa foi introduzido na feira, com o objetivo estimar o lançamento de gases de efeito estufa - entre eles o dióxido de carbono, CO2 - dos estandes e áreas comuns da Fenasucro e Agrocana. 

Nesse ano, o Canaoeste Green, que está aberto para a adesão de expositores da feira, fará a estimativa, transformada em toneladas de emissões, a ser compensada com o equivalente de CO2 emitidos junto às áreas de vegetação nativa, que sequestram carbono, localizadas em áreas de produtores rurais associados da Canaoeste.

 

Como é a metodologia

O Canaoeste Green utiliza como metodologia o Cálculo de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), confeccionado com base no Programa Brasileiro GHG, criado em 2008 para adaptação do método GHG Protocol (Greenhouse

Protocol) ao contexto brasileiro e desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa (GEEs). 

 

No caso da Fenasucro & Agrocana, as fontes analisadas para esse protocolo foram os resíduos gerados a partir da montagem e desmontagem dos estandes, como por exemplo: madeira, tecido, ferragens, lonas (plásticos) e papel. 

Entra também o consumo de energia de cada estande, por tecido, ferragens, lonas (plásticos) e papel. 

Por fim, o combustível para deslocamento de funcionários na montagem e desmontagem dos estandes e dias trabalhados durante a feira.

Por sua vez, o sumidouro dos GEEs utilizados para a compensação, compostos pelas áreas de vegetação nativa preservadas nas propriedades dos associados da Canaoeste, totalizando 2.339,16 hectares.

 

Práticas sustentáveis

Enfim, ao fomentar a preservação da vegetação nativa e adotar práticas sustentáveis na produção de cana-de-açúcar, o programa não só promove a sustentabilidade ambiental, mas também fortalece a economia rural, garantindo um futuro mais

resiliente e equilibrado para as próximas gerações.

 

Para mais informações sobre o programa Canaoeste Green:

E-mail: [email protected]
Telefone: (16) 99236-4991
Whatsapp: (16) 99236-4991