Por Phábrica de Ideias

Painel na FenaBio, durante a Fenasucro & Agrocana 2025, debateu como inovação e IA podem ampliar produtividade e tornar a transição energética mais acessível

A tecnologia e a inteligência artificial redefinem os rumos da produção de bioenergia no Brasil, potencializando ganhos de produtividade, competitividade e sustentabilidade. O painel “Tecnologia, IA e o futuro das bioenergias”, realizado nesta quarta-feira (13) na FenaBio, no segundo dia da 31ª edição da Fenasucro & Agrocana, trouxe essa discussão para o público.

Mediado por Gonçalo Pereira, professor titular da Unicamp, o encontro reuniu Daniel Medeiros, gerente de Planejamento Estratégico do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC); Gastón Diaz Perez, CEO e presidente da Robert Bosch; Luciano Fernandes, CEO e especialista em Transformação Digital da Treesales Consultoria; Alexandre Dal Forno, diretor de Desenvolvimento de Mercado IoT & 5G da TIM Brasil; e Julio Cunha, gerente de Soluções e Negócios de Automação de Processos e Instrumentação da Siemens Brasil.

Etanol e empregos para o futuro

Gonçalo Pereira ressaltou que os combustíveis fósseis estão no centro de crises climáticas e sociais, enquanto o etanol, além de renovável, gera mais empregos. “Precisamos reconhecer o valor dos biocombustíveis para o desenvolvimento do país e para a sustentabilidade”, afirmou.

Produtividade dobrada com inovação

Já Daniel Medeiros destacou o compromisso público do CTC de dobrar a produtividade do canavial até o final da próxima década. Entre as tecnologias que aceleram essa meta, citou as sementes artificiais, capazes de aumentar as taxas de multiplicação, reduzir custos, melhorar a sanidade genética e liberar áreas para plantio comercial.

O gerente do CTC também apontou a IA como aliada para otimizar pesquisas e práticas agrícolas, além do gêmeo digital da cana, uma tecnologia que reduz o tempo de desenvolvimento da planta e aumenta a produtividade.

Transição acessível ao consumidor

Para Gastón Diaz Perez, a transição energética será um processo longo, mas precisa ser viável financeiramente. “A tecnologia tem que caber no bolso do consumidor. Os veículos flex e híbrido são o meio do caminho para essa transição”, avaliou.

A discussão reforçou o papel da Fenasucro & Agrocana como espaço para soluções que unem inovação tecnológica, competitividade e compromisso com um futuro energético mais limpo e acessível.