Etanol brasileiro avança como matéria-prima de SAF  

Etanol brasileiro avança como matéria-prima de SAF  

Mais biorrefinarias foram certificadas para fornecer o biocombustível para fábricas de combustível renovável de aviação 

Imagem: Jcomp no Freepik / Delcy Mac Cruz 

O etanol brasileiro avança também como matéria-prima de combustível renovável de aviação, o SAF.

Seja produzido pela cana-de-açúcar ou pelo milho, o biocombustível já é disputado pelos fabricantes do combustível substituto da querosene de aviação.

De uma só vez, três companhias bioenergéticas do país anunciaram estarem devidamente certificadas para atender a demanda global de etanol para SAF.

 

Aposta do mercado

O blog da Fenasucro já destacou a estratégia do emprego do biocombustível como fonte de produção de SAF (leia mais aqui).

Aliás, o SAF é a aposta do mercado aéreo global para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEEs) geradas pelo querosene de aviação (QAV), combustível recrutado pelos motores aéreos e que é forte emissor de poluentes.

 

Quais são as certificações que permitem exportar etanol para SAF?

A certificação ISCC Corsia Plus,  por exemplo, concede o

selo ISCC CORSIA Plus (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation).

Ele reconhece que a unidade atende a rigorosos padrões internacionais de sustentabilidade.

Já o ISCC CORSIA (International Sustainability and Carbon Certification) é um sistema que valida o atendimento aos requisitos do programa global de compensação e redução de emissões de carbono da aviação.

O selo ISCC CORSIA é reconhecido pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e atesta o cumprimento de exigências rigorosas de rastreabilidade, sustentabilidade e redução de emissões em toda a cadeia de produção.

 

 

Quem são as biorrefinarias recentemente certificadas?

 

1 - INPASA

Inpasa, produtora de etanol de milho, recebeu a certificação internacional ISCC CORSIA.

A certificação foi concedida inicialmente à unidade de Dourados (MS), mas todas as plantas da empresa estão habilitadas para fornecer etanol e TCO (Technical Corn Oil) como matérias-primas para SAF.

Além do etanol, a companhia também se destaca como fornecedora relevante de TCO (Technical Corn Oil), um resíduo da produção de biocombustível que se tornou um insumo estratégico para outras rotas tecnológicas de SAF, como a HEFA (Hydroprocessed Esters and Fatty Acids).

 

2 - ADECOAGRO

As unidades industriais da Adecoagro localizadas nos municípios de Angélica e Ivinhema, em Mato Grosso do Sul, conquistaram importantes marcos rumo a uma matriz energética mais limpa e sustentável.

A unidade de Ivinhema obteve, pela primeira vez, a certificação ISCC Corsia Plus enquanto a unidade de Angélica foi recertificada.

A certificação reforça o compromisso da Adecoagro com a transição energética global, destacando-se pela condução responsável do cultivo da cana-de-açúcar, uso sustentável do solo, proteção de ecossistemas e respeito às comunidades do entorno.

A auditoria independente também validou o cuidado da companhia com recursos naturais como rios, florestas e fauna local, além de iniciativas voltadas ao desenvolvimento social e bem-estar dos colaboradores.

 

3 - CARGILL BIOENERGIA

As usinas da Cargill Bioenergia São Francisco (USF) e Rio Dourado (URD) receberam as certificações ISCC CORSIA e ISCC CORSIA PLUS, conforme divulgado pela companhia.

As certificações reconhecem a conformidade das operações das usinas da Cargill Bioenergia com critérios internacionais aplicados ao setor de bioenergia.

O ISCC CORSIA (International Sustainability and Carbon Certification) é um sistema que valida o atendimento aos requisitos do programa global de compensação e redução de emissões de carbono da aviação.

Já o ISCC CORSIA PLUS amplia esse escopo, com exigências adicionais relacionadas à mitigação de gases de efeito estufa.