Empresas de bioenergia ajudam o país a avançar globalmente na criação de postos de trabalho

Foto: Raízen / Delcy Mac Cruz

Não é novidade alguma dizer que as fontes renováveis de energia elétrica fazem o Brasil despontar mundo afora na corrida pelas mudanças estruturais nas matrizes energéticas. 

Também chamada de transição energética, essa corrida faz o país sair-se bem graças às fontes biomassa (insumos da cana-de-açúcar, palha, madeira etc), eólica (vento), fotovoltaica (solar) e hidráulica (usinas hidrelétricas).

Pois essas fontes são responsáveis por 80% da geração de eletricidade no país (confira mais a respeito aqui). 

Tem aí uma outra boa nova: as renováveis também se destacam como empregadoras de mão de obra. 

Esse destaque como empregador está no relatório Renewable Energy and Jobs - Annual Review 2024, da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

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O que destaca o relatório: que tem crescido o número de empregos em energias renováveis. De 13,7 milhões em 2022, os postos avançaram 18% em 2023, alcançando 16,2 milhões. 

Como está o Brasil nesse mercado de trabalho: o país ocupa o terceiro lugar no ranking de contratações, com 1,567 milhão de empregos. Fica atrás apenas da União Europeia, com 1,812 milhão; e da China, com 7,388 milhões de vagas.

Ranking de empregos da Irena:

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Biocombustíveis estão em primeiro no ranking 

Conforme o relatório da Irena e da OIT, os biocombustíveis - que têm o etanol na liderança - lideram em contratações em energia renovável. 

Aos números: em 2023, os empregos no setor de biocombustíveis no país somaram 994,3 mil. 

Quem vem depois: o segundo lugar do ranking de trabalho em biocombustíveis é da Indonésia (800 mil postos). Em terceiro vêm os Estados Unidos, com 320 mil postos. 

Ranking de vagas no setor de biocombustíveis 

Solar lidera entre renováveis que mais contratam

O relatório da Irena destaca, também, o ranking das fontes renováveis que globalmente mais geram empregos.

Aqui, a fonte solar, que mais cresce em produção, também avança em contratações. 

Para se ter ideia, do 1,36 milhão de empregos gerados globalmente em 2012, no ano passado esse número deu um salto para 7,1 milhões. 

E como fica a bioenergia em geração global de vagas?

Fica em segundo lugar no ranking da Irena. Ou seja, em 2012 o setor gerou globalmente 2,4 milhões de empregos que, em 2023, subiram para 3,88 milhões. 

Como fica de agora em diante?

A tendência é de alta no número de vagas de trabalho. Isso porque seja no Brasil como no resto do mundo as fontes renováveis são a mola propulsora da transição energética. 

E o que falta para esse mercado de trabalho deslanchar?

Seja no país como fora dele, o setor de energia renovável precisa de políticas adequadas, monitoramento dos riscos para atrair investidores e atrair e treinar trabalhadores, relata Daniela Chiaretti em conteúdo no jornal Valor Econômico. 

Enfim, a transição justa depende deste treinamento e do desenvolvimento de novas habilidades para trabalhadores.